quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Santa Luzia Anauê!: Punição ao Bullyng

Santa Luzia Anauê!: Punição ao Bullyng: 28/02/2012 12h12 - Atualizado em 28/02/2012 15h23 Pais são condenados por bullying cometido pelas filhas em escola Caso ocorreu em Ponta Gro...

Punição ao Bullyng

28/02/2012 12h12 - Atualizado em 28/02/2012 15h23
Pais são condenados por bullying cometido pelas filhas em escola
Caso ocorreu em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, no Paraná.
Família da vítima deve receber R$ 15 mil pelo corrido.
Adriana Justi Do G1 PR
Os pais de duas adolescentes de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, no Paraná, foram condenados pela Justiça a pagar R$ 15 mil de indenização para a família de uma adolescente que foi vítima de bullying. O caso aconteceu em um colégio particular em 2010 e a decisão ocorreu em primeira instância em fevereiro deste ano. Os pais, que foram responsabilizados pela atitude das menores e condenados, ainda podem recorrer.
Segundo o advogado de defesa, Carlos Eduardo Biazetto, duas colegas de sala da vítima conseguiram a senha do perfil do site de relacionamentos e violaram a conta da adolescente. Elas postaram mensagens pornográficas e alteraram a fotografia do perfil.
"Após postar as mensagens, as autoras do crime ainda cancelaram a senha da vítima, o que impediu que ela soubesse o que estava acontecendo. Durante mais ou menos dois meses, ela e irmão, que também aparecia em algumas fotos, viraram motivo de chacota e também foram ameaçados por vários colegas", contou o advogado.
A professora percebeu o problema e acionou os pais da vítima para comentar sobre o caso. "Uma outra colega de sala ouviu as suspeitas comentando da alteração na internet e avisou a professora. Os pais chamaram a polícia e as adolescentes acabaram confessando o crime", completou Biazetto.
O advogado de acusação foi procurado pela reportagem mas não foi encontrado.                                                            

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Entrevista

Domenico de Masi - Entrevista

'Gates, não. Niemeyer'



Italiano Domenico de Masi diz que arquiteto
é exemplo prático do seu conceito de ócio criativo

Estadão.edu

O sociólogo italiano Domenico de Masi virou celebridade com o livro O Ócio Criativo, de 1995, um elogio à criatividade como valor fundamental no mundo do trabalho pós-industrial. Presidente da S3 Studium, escola voltada às “ciências organizativas”, e professor universitário, ele foi um dos destaques da 18.ª Educar/Educador, misto de feira e congresso educacional realizado este mês em São Paulo.
'Há uma forte diferença entre
digitais e analógicos'

Um dos temas que o senhor foi convidado a abordar em São Paulo é o desafio de estimular a criatividade nas empresas. Como é possível fazer isso?
Todas as organizações, pela sua natureza, tendem a se burocratizar e a perder competitividade. Para evitar essa entropia natural é preciso motivar as pessoas que trabalham na organização e ajudá-las a gerenciar a mudança de modo criativo. Ora o que é a criatividade? É uma síntese de fantasia e concretude, que pode ser feita por meio de grupos criativos nos quais coexistam personalidades com essas duas características e uma liderança do tipo carismático.

A maioria das empresas não é a antítese da criatividade?
As grandes organizações são o cemitério da criatividade. As empresas que produziam as máquinas de escrever mecânicas não são as que inventaram as máquinas de escrever elétricas. As que produziam as máquinas elétricas não são as que inventaram as máquinas de escrever eletrônicas. As empresas que fabricavam válvulas não foram as que inventaram o transistor. As grandes empresas não são criativas.

Para não ficar só no mundo empresarial, até porque entre os temas do seminário está a gestão da educação. Uma das maiores máquinas burocráticas de São Paulo é a da Secretaria Estadual de Educação. Como eliminar as barreiras e estimular a criatividade dentro do ambiente escolar, da rede pública?
O ambiente escolar, afortunadamente, tem maior independência. Porque cada professor é livre para escolher o próprio programa, a própria técnica pedagógica, muito mais que um manager para escolher sua equipe e seu método. A escola é um pouco mais livre, também porque lá estão os jovens.

O caminho, então, é cada professor ser visto e ver a si mesmo se como um líder.
Sim, as classes são pequenas, cada professor tem 20, 30 alunos.

Nem tanto. Muitas vezes chegam a 40...
São 40, não são 40 mil. No comércio os números são enormes. Os bancos têm dezenas de milhares de pessoas. Há menor possibilidade de ser criativo. Nas escolas a possibilidade de ser criativo é maior e a de ser burocrático, menor.

O sr. é otimista, então, quanto à possibilidade de a escola ser um lugar de estímulo à criatividade.
O que eu vejo é que nos últimos cem anos todas as revoluções nasceram nas escola e depois foram transferidas para as fábricas. E todas as revoluções foram iniciadas por intelectuais: 68 nasceu em Berkeley, na Sorbonne, em Paris.

O sr. é diretor de faculdade. Acha que o tipo de estrutura e de pensamento que se tem hoje no ensino superior é adequado à formação de pessoas realmente inovadoras, empreendedoras, que façam a diferença na sociedade?
Por sorte ainda existe uma diferença entre escola e empresa. Empresa é muito ligada ao modelo industrial. Vivemos numa sociedade pós-industrial. E as empresas são sempre do tipo taylorista, fordista. As empresas estão baseadas na produção de bens materiais. Mas hoje elas precisam produzir ideias. E não se pode produzir ideias com os métodos pelos quais se produz bens materiais. Não se pode produzir ideias como se produziam antes automóveis ou porcas. É preciso encontrar métodos novos de organização, baseados na coexistência de estudo, trabalho e jogo, que é o que eu chamo de ócio criativo. O ócio criativo não é a preguiça. Não é não fazer nada. É fazer três coisas simultaneamente: estudo, trabalho e jogo.

Então, de alguma forma, essa é uma vantagem da nova geração, a Geração Y como é chamada, que tem essa capacidade de fazer coisas simultaneamente, além de ser familiarizada com o jogo, porque parte da formação dela é com os games.
Mas eu sou contra a multitarefa. É uma loucura.

Bom, existe a crítica de que é uma geração que não tem foco, que é dispersiva.
Sim, dispersiva. Faz muitas coisas que não se somam, se subtraem. O ócio criativo não é uma soma de várias coisas, é uma síntese de estudo, trabalho e jogo. Significa trabalhar jogando. Jogar aprendendo. É um híbrido, que é algo diferente de uma soma.

O sr. buscou inspiração para a tese do ócio criativo em algum personagem específico da história? Quem põe isso em prática hoje?
Acho que, quando trabalha, meu amigo Oscar Niemeyer simultaneamente estuda e se diverte. Ou Chico Buarque, Caetano Veloso. Quando trabalham, eles ao mesmo tempo se divertem e estudam. Acho que qualquer pessoa criativa faz isso.

E quanto ao outros ícones: o sr. admira mais Niemeyer do que um Bill Gates, por exemplo.
Niemeyer mais do que Bill Gates. Porque o Bill Gates tem a doença do industrialismo. Niemeyer não tem essa doença. É filho de uma cultura brasileira, enquanto Bill Gates é filho de uma cultura californiana, americana. O Brasil é mais propenso ao ócio criativo.

A Itália também, não?
Também. Um pouco menos do que o Brasil.

Menos? Com toda essa herança cultural que vocês têm?
Porque a Itália teve um período industrial que o Brasil nunca teve.

Então é melhor para um país ter pulado essa etapa do fordismo?
Sim, sim. O que mata o ócio criativo é o fordismo. O Brasil nunca foi totalmente fordista. São Paulo o é, um pouco. Os Estados Unidos são todos fordistas.


O sr. está na academia. Tem contato com empresas? O que elas acham de suas ideias?
Faço palestras e consultoria para todas as grandes empresas italianas. Também para a Rede Globo e para o Sebrae no Brasil.

Museu de Arte Contemporânea - Oscar Niemeyer

"Acho que um jovem não deve ser nunca maduro,
mas sempre verde, incompleto e experimental e
deve amar a linha curva, livre e sensual,
como diz Oscar Niemeyer."

E qual a reação delas às suas ideias?
Se a agenda é de inovação, a reação é positiva. Se a agenda é reacionária, a reação é negativa.

Com base na experiência na faculdade, como o senhor vê a nova geração?
A situação geracional é de forte diferença entre aqueles que eu chamo de analógicos e os que chamo de digitais. Os digitais são prevalentemente jovens, que têm muita intimidade com a informática, não distinguem muito entre dia e noite, entre dias de feriado e de trabalho. Não têm medo da inovação tecnológica, não têm medo da sexualidade, não sofrem de jet lag, têm confiança no futuro. Acreditam na igualdade entre os sexos. São tolerantes com a homossexualidade. Os analógicos têm pouca familiaridade com a informática, têm medo da tecnologia, do progresso. Têm medo da multirracialidade, distinguem o dia da noite, viajam pouco, não estão no Facebook e assim por diante. São pessoa que olham para o passado, enquanto os digitais olham para o futuro.

Sua análise é muito favorável ao digital e crítica do analógico. Mas quais são os problemas do digital, o que o senhor vê de ruim neles? Além da incapacidade de foco já mencionada, eles são criticados por terem uma expectativa muito grande de conseguir as coisas rápido, sem a disposição de se esforçar, de dar algo em troca.
Acho que essa é uma descrição conservadora (risos). Vivo continuamente com os jovens e entre eles existem todos tipos. Há jovens analógicos, nem todos são digitais. Mas os jovens, de um modo geral, conseguem ser muito entusiasmados, inovadores, se há uma ideologia do progresso e uma liderança carismática.

O sr. é mais digital ou analógico?
Tenho 70 anos, mas sou digital.

Por quê?
Eu não sofro de jet lag.

O sr. está no Facebook?
Não estou. Mas tenho três grupos de fãs. Não estou no Facebook porque não teria tempo de responder.

Para encerrar, que conselho o sr. daria a um jovem?
Um dos aspectos mais importantes da sociedade pós-industrial é a flexibilidade. Eu contraponho dois arquitetos. Um é Le Corbusier. Racionalista, ele dizia “Eu amo a linha reta, a mais breve entre dois pontos, criada pelo homem”. Eu não amo esse pensamento de Le Corbusier. Amo o pensamento de Niemeyer. Ele disse: “Amo a linha curva, livre e sensual. A linha que encontro nos rios e montes de meu país, nas nuvens do céu, nas ondas do mar, no corpo da mulher amada”. E depois conclui: “Das curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein”. Diria ainda uma frase de Gilberto Freyre: “Se depender de mim, nunca ficarei plenamente maduro nem nas ideias nem no estilo, mas sempre verde, incompleto, experimental”. Acho que um jovem não deve ser nunca maduro, mas sempre verde, incompleto e experimental e deve amar a linha curva, livre e sensual, como diz Oscar Niemeyer.
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Entenda hoje:

Ano bissexto, ano da confusão
Está chegando o dia 29 de fevereiro, coisa que não acontece todo ano! Mas por que não?
Máquina do tempo - 24-02-2012

Outro dia alguém perguntou por que o ano bissexto se chama assim, se só acontece de quatro em quatro anos. Fiquei pasma de nunca ter pensado nisso! Por que ano bissexto, e não ano quarto, ano quadrado ou coisa parecida? Fui investigar.
A primeira coisa a considerar é que o ano bissexto existe para corrigir a diferença entre o ano solar e o ano do nosso calendário: a Terra leva 365 dias e 6 horas para girar em torno do sol, mas nosso calendário só tem 365 dias. Ao longo de vários anos, essas horas fazem diferença!
Na Antiguidade, imagine você, já aconteceu de o calendário “oficial” e o ano solar contarem mais de três meses de diferença – o que, é claro, gera uma confusão danada na hora de contar as estações do ano e as épocas de plantio e colheita, por exemplo. Por isso, o imperador romano Julio César decidiu dar um basta e arrumar, com a ajuda de um astrônomo, um calendário que não se distanciasse tanto dos anos solares – assim surgiu o primeiro calendário com ano bissexto.
Após as modificações feitas por Julio César no ano 46 antes da nossa era, durante um bom tempo, ninguém conseguiu contabilizar os anos bissextos direito. Só no ano 8 da nossa era é que as contas foram acertadas (Foto: Wikimedia Commons)
César fez tantas modificações no calendário que ele até passou a se chamar juliano, em homenagem ao próprio imperador. O ano passaria a ter início no dia 1 de janeiro – antes, começava em março – e, para corrigir os desvios passados, decretou-se que o ano 46 antes da nossa era teria 445 dias. As mudanças foram tantas que este ficou conhecido como o “Ano da Confusão”.
Julio César também estabeleceu que, a partir do ano seguinte, haveria um ano bissexto a cada 4 anos. Em vez de criar um novo dia, a ordem era duplicar o dia 24 de fevereiro, o que nos ajuda a explicar a confusão do nome “bissexto”.
Naquela época, os nomes dos dias eram baseados no ciclo lunar. Cada mês tinha três dias fixos: Calendas (lua nova), Nonas (quarto crescente) e Idus (lua cheia). Os outros dias eram chamados em relação a estes. Assim, 24 de fevereiro era chamado de “antediem sextum Calendas Martii”, ou “sexto dia antes da Calendas de Março”. Com a duplicação deste dia nos anos bissextos, ele passou a ser chamado de “antediem bis-sextum Calendas Martii”!
O dia extra foi incluído em fevereiro porque, na época de César, este era o último mês do ano, considerado ao mesmo tempo o mês da purificação e do azar (Foto: Catarina Chagas)
Parecia que o problema do calendário tinha sido definitivamente resolvido, mas ainda não foi desta vez. Tempos depois, novos cálculos mostraram que o ano solar não tem 365 dias e 6 horas, e sim 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. Com isso, simplesmente a soma de um dia a cada quatro anos não resolvia o problema, porque, depois de muitos anos, estes 11 minutos e 14 segundos também iam fazer diferença.
Quem fez a mudança desta vez foi o papa Gregório XIII, em 1582 – e o calendário passou a ser chamado de gregoriano, como é até hoje. Na época, a diferença entre o ano do calendário e o ano solar já era de mais de 10 dias. Para acertar a diferença, Gregório estabeleceu que, naquele ano, depois do dia 4 de outubro viria o dia 15. Pobre de quem fazia aniversário neste intervalo!
O papa Gregório XIII, ao reformular o calendário, incluiu o dia 29 de fevereiro nos anos bissextos, acabando com a duplicação do dia 24 de fevereiro, proposta por Júlio César (Imagem: Wikimedia Commons)
Para que a diferença entre os dias do ano não voltasse a aparecer, Gregório fez as contas e criou uma fórmula que praticamente resolveu a questão: os anos bissextos agora são os múltiplos de quatro, à exceção dos múltiplos de 100. A exceção à esta exceção é o ano múltiplo de 400, que também é bissexto. Não vai me dizer que achou confuso!

Keila Grinberg, Departamento de História, UNIRIO
Quando criança, gostava de visitar a Biblioteca Nacional, colecionar jornais antigos e ouvir histórias da época de seus avós. Não deu outra: hoje é historiadora e escreve para a coluna Máquina do tempo.

Fonte: Revista Ciência Hoje

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

SEMED recomenda:

Criança e consumo
O relançamento do livro O Rei de Quase-Tudo é uma ótima oportunidade de falar sobre esse assunto com seu filho
Cristiane Rogerio
Precisa ser realmente um mestre para ensinar algo para a criança em um livro sem chama-la de boba. O mineiro Eliardo França faz isso muito bem, e há mais de 40 anos presenteia os leitores com suas criativas obras. Um jeito de conhecer sua, digamos, essência, é aproveitar o relançamento de O Rei de Quase-Tudo (Ed. Global, R$ 27), um de seus principais livros.

Na história, um rei que já tinha terras, exércitos e ouro, também quis as flores, os frutos, os pássaros, as estrelas e o sol. Mas ele não ficou feliz: quando teve o que queria, perdeu tudo que eles lhe proporcionavam.

Bem, em tempos de discussões sobre consumo excessivo em voltas das crianças, esta aí uma ótima oportunidade para tocar no assunto. A imagem do reizinho, o tom simples do texto e a escolha das referências fáceis de o leitor se identificar. Ajudam a conversa em casa fluir de maneira sutil, sem lição de moral nem para a criança, nem para os pais.
Fonte: Revista Crescer

SEMED informa:

24/02/2012 - 09h22
Horário de verão termina neste domingo no país
O horário de verão, que começou em 16 de outubro de 2011, termina no próximo domingo (26). Por causa da mudança, moradores de estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, além de Distrito Federal, tiveram que adiantar uma hora nos relógios. Neste ano, o horário de verão abrange também a Bahia.
 A população destes estados deverá no domingo, à 0h, atrasar os relógios em uma hora. Assim, o sábado (27) terá uma hora a mais. Segundo o governo federal, o período do horário de verão foi o mais longo desde 1985 e teve 133 dias de duração. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) previa uma economia para o Brasil, no período, que podia variar entre R$ 75 milhões e R$ 100 milhões durante o período. No período, a ONS prevê a diminuição da demanda em 4,6%, ou o equivalente a 2.650 megawatts (MW).
 Com os dias mais longos, o objetivo é reduzir o consumo de energia e aproveitar mais a luz do sol durante o verão. A decisão de utilizar o horário é de cada estado e, neste ano a Bahia resolveu aderir. A inclusão do estado era reivindicada por empresários do estado. Eles queriam sincronia com o expediente bancário, horário de funcionamento de escritórios e sede de empresas do Sul e do Sudeste.
 Período
Desde 2008, com a edição de um decreto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o horário de verão se inicia no terceiro domingo de outubro e vai até o terceiro domingo de fevereiro.
 Quando houver coincidência entre o domingo de Carnaval e o término da medida, o encerramento se dará no domingo seguinte. É o caso de 2012, quando o Carnaval será comemorado entre os dias 18 e 21 de fevereiro. O objetivo do horário de verão é aproveitar os dias mais longos do verão, com mais tempo de luz solar, para economizar energia.
Fonte: G1


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Educação Hoje:

Professores fazem pressão
Fonte:O Liberal, 23 de fevereiro de 2012

Categoria retoma as negociações salariais com o governo estadual

A integralização imediata do piso salarial nacional para os professores do Estado do Pará em 2012; o pagamento de retroativos; licença para pós-graduação; portaria de lotação; construção e reforma das escolas da rede estadual de ensino; e a regulamentação de aulas suplementares e abono. Estes são apenas alguns dos 26 itens que compõem a extensa pauta de reivindicações dos professores estaduais na campanha salarial de 2012. Os professores que, no ano passado, promoveram uma das mais longas greves no Estado (foram quase dois meses de paralisação interrompida apenas após intervenção judicial), retomam na segunda-feira, 27, as negociações com o Governo do Pará. O encontro será às 9 horas, na sede da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), à rodovia Augusto Montenegro, em Belém.

Na última audiência, no dia 16 deste mês, nem todos os pontos de pauta chegaram a ser analisados. Porém, mais uma vez, o impasse entre Estado e trabalhadores ficou claro. De acordo com informações apresentadas no próprio site do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp), não há consenso em vários itens. Dentre estes, a integralização do piso para 2012. Se por um lado, os professores sustentam que o piso é uma previsão assegurada, inclusive, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em decisão de agosto do ano passado; por outro, o governo alega que enquanto não for publicado pelo Ministério da Educação (MEC) o novo valor (atualmente o piso vigente é de R$ 1.187,00), o Estado está impossibilitado de apresentar uma posição de pagamento. Além disso, este reajuste estaria vinculado ao aumento na arrecadação via Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), recursos próprios e complementação da União.
Outro ponto de pauta é a quitação dos retroativos (triênio e hora extra) devidos à categoria. Segundo o Sintepp, ainda há processos antigos pendentes, sem prazo determinado para pagamento. Além do cumprimento dos estágios probatórios já que existem cerca de 17 mil servidores em processo de regulamentação porque ainda possuem pendências com relação à avaliação de desempenho, bem como a nomeação dos aprovados nos últimos concursos públicos, outra antiga reivindicação da categoria.

PENSE NISSO:

6 pontos importantes sobre a primeira reunião com os pais
A recepção dos responsáveis pelos alunos deve ser bem planejada para marcar o início de uma parceria duradoura

Começar o ano convidando os pais para conhecer a escola e o projeto político-pedagógico (PPP) é uma maneira interessante de se aproximar deles e estabelecer as bases para um bom relacionamento. Geralmente, a família faz a matrícula e não tem idéia de como é o espaço no qual o filho vai estudar nem conhece os professores - principalmente quando se trata de alunos recém-chegados. "O primeiro contato é importante para explicitar o pacto que deve existir entre as duas partes: a escola e a família", diz Maria Amália de Almeida Cunha, professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O ideal é planejar vários encontros no primeiro mês letivo, convidando os familiares dos estudantes dos diversos segmentos, separadamente. Caso não seja possível, tente reservar salas diferentes para cada grupo. No dia da apresentação, os pais devem conhecer pelo menos um representante de cada equipe que trabalha na escola - gestora, docente e dos diversos funcionários. "É uma maneira de demonstrar que todos estão envolvidos no processo de ensino", afirma Matthieu Hebrard, professor de Ensino Fundamental do Liceu Pasteur, de São Paulo, e com experiência na gestão de escolas públicas francesas. A seguir, veja quais são os principais pontos para poder organizar uma recepção adequada aos pais.
1 Preparar a recepção
É importante que alguém da equipe educativa receba os pais na porta da escola ou na sala do encontro, dando-lhes as boas-vindas. Reserve espaços que sejam adequados ao número de convidados e solicite que os funcionários de apoio arrumem as cadeiras de forma que todos possam se ver - em círculo ou U. Solicite às merendeiras que disponibilizem água, café e chá. Evite o atraso - se houver, ele não pode ser superior a dez minutos.
2 Apresentar a equipe
Um cartaz ou slide com o organograma ajuda a entender o funcionamento da escola. Apresente-o junto com os professores, o coordenador e os funcionários, identificando a função de cada um e a importância deles para que a rotina seja mantida, e a aprendizagem, concretizada.
3 Incentivar a participação 
Diretor e coordenador pedagógico devem, juntos, apresentar as linhas gerais do PPP para que os pais conheçam o propósito educativo e as regras de convivência estipuladas. Dê ênfase aos horários da entrada, da saída e dos intervalos (para que não aconteçam atrasos no início das aulas) e do funcionamento da secretaria escolar (a fim de que todos sejam recepcionados quando precisarem falar com algum gestor ou esclarecer alguma dúvida). Aproveite para informar as datas das reuniões de pais do primeiro semestre e faça os ajustes juntamente com eles, pedindo sugestões de horários viáveis para que a maioria possa participar. Não deixe de falar sobre os momentos que a escola planeja para incentivar a vida comunitária - e que os pais são sempre convidados a estar presentes, como a festa junina e os eventos que marcam a finalização de projetos institucionais e de trabalhos didáticos. Com todas essas informações, fica mais fácil fazer com que a família se interesse pela vida escolar dos filhos. Mostre ainda como eles podem ajudar as crianças no cuidado com os materiais e na realização das lições de casa. O interesse pelos conteúdos que estão sendo ensinados e o acompanhamento dos cadernos também são maneiras de a família participar. Reserve um tempo para que os pais façam perguntas.
4 Compartilhar os dados
Informe quantas turmas a escola têm em cada série, bem como o número de professores de cada ano e disciplina. É importante que os pais saibam qual é a média de alunos por sala, pois isso ajuda a perceber a atenção que será dispensada aos estudantes. Vale também explicar a maneira como a escola avalia a aprendizagem dos alunos e a periodicidade em que elas ocorrem. Esse pode ser o gancho, inclusive, para falar sobre como a escola está nas avaliações externas realizadas pelo Ministério da Educação (MEC) e pela Secretaria de Educação, quando for o caso. Com os dados sobre a aprendizagem expostos, é hora de contar aos pais o que a escola possui em termos de equipamentos - como biblioteca, sala de informática, laboratórios, quadra esportiva, salas de apoio etc. -, com que frequência são usados e com que propósitos. Interessante também expor os projetos extracurriculares - capoeira, dança, feira de ciências, teatro, língua estrangeira e xadrez, entre outros. Deixe um tempo para que todos possam fazer perguntas e tirar dúvidas.
5 Visitar os ambientes
O reconhecimento do espaço físico pode ser feito de várias maneiras: com um painel de fotos ou com vídeos que mostrem alunos dos anos anteriores estudando, se alimentando, brincando e apresentando trabalhos. E, claro, com uma visita em grupos aos diversos ambientes escolares - inclusive os banheiros, pois eles revelam a preocupação com a higiene e a saúde das crianças e dos jovens.
6 Organizar o tempo
Exposições longas geralmente levam à perda do interesse e da atenção do público. O recomendável é que esse primeiro encontro não exceda uma hora. "Para tornar essa reunião mais dinâmica, é possível intercalar uma fala expositiva do gestor com momentos em que os pais sejam convidados a participar", sugere Matthieu Hebrard.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

ESCOLA JOÃO GOMES

Esta chegando o dia tão esperado, no próximo dia 01 de março de 2012, a partir das 8:00h da manhã, o governo solidário, estará inaugurando a mais bela escola da região para o povo luziense. Estejamos lá para prestigiar.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

PENSE NISSO

Comportamento Agressivo na Escola
Por Larissa Fonseca*

Pais, educadores e instituições de ensino deparam-se com situações recorrentes nas quais as crianças e adolescentes manifestam comportamentos e atitudes agressivas, uso do poder, intimidação e brigas com colegas no dia a dia da Escola.
A agressividade, do ponto de vista do desenvolvimento humano, pode ser considerada como um mecanismo de defesa daquele que se sente impotente ou acuado, com dificuldade em se impor diante de alguma situação, ou até mesmo de se expressar de modo a ser compreendido e respeitado pelo outro. Existem algumas outras razões que podem ser consideradas para tais comportamentos, como questões culturais, sócio-econômica, saúde física e mental, histórico familiar (tanto em relação ao referencial de educação, quanto hereditariedade) e até fatores biológicos.
O fato é que ninguém nasce socializado. É preciso aprender a se socializar ao longo da vida e é na infância que esse aprendizado se dá de modo mais efetivo. A socialização da criança e do adolescente é um processo gradual, e construído nos diversos ambientes em que estão inseridos. Assim, instruí-los a usarem sua energia, muitas vezes desprendida com atitudes agressivas, de modo equilibrado, como impulso de determinação e não como reação a frustrações é um grande ensinamento que pais e educadores devem proporcionar a eles.
É importante ressaltar que, existem alguns comportamentos que são característicos de cada idade, como por exemplo, até os 6 anos, é comum crianças reagirem à determinadas situações com tapas, mordidas, gritos e chutes. Isso pode acontecer tanto em situações de conflitos como também significar uma tentativa de aproximação (no caso de crianças de 1 a 3 anos) dado que ainda não sabem bem como expressar seus sentimentos e agir em grupo.
No entanto, independente disso ser ou não uma atitude característica, é imprescindível que, desde o início, mesmo os pequenos de pouca idade, os pais e educadores orientem e coloquem limites diante desses comportamentos agressivos manifestados.
A escola detém uma importante parcela na construção do processo de socialização da criança dado que é nela que a mesma tem a oportunidade de vivenciar situações reais que “desafiam” suas habilidades sociais, desde pequenas disputas por brinquedos, espaços e atenção dos adultos, até maiores desentendimentos.
Assim, sempre em parceria com os pais, a construção do conceito de coletividade, o desenvolvimento da tolerância à frustração, a descoberta de formas saudáveis de resolver problemas e conflitos, devem ser objetivos tão importantes a serem alcançados quanto os chamados conteúdos escolares.
E o que fazer na prática?
Tanto Escola quanto família devem, desde o início, trabalhar e incentivar a construção coletiva de regras de convivência, a elaboração e apresentação diária de uma rotina estruturada, seja de aula ou de atividades domiciliares, valorização do potencial da criança, um planejamento de atividades motivadoras, o reforço positivo diante das atitudes da criança, a busca por modos aceitáveis para resolução de conflitos e de expressão de sentimentos, a construção e estreitamento de vínculo afetivo, suporte emocional e coerente referência moral e ética de comportamento, juntamente com a segurança física e emocional.
E para garantir essa segurança física e emocional?
Por mais que muitas vezes os pais sintam-se tentados a defenderem seus filhos com “unhas e dentes”, por mais que dê aquela vontade de tirar satisfações com os pais da “criança agressora” de seu filho ou até mesmo com a própria criança, no ambiente Escolar, quem deve fazer e mediar essas intervenções é a equipe pedagógica. Jamais incentive seu filho a reagir com força física a provocações externas.
Sem dúvida alguma, os pais devem estar sempre atentos aquilo que acontece com seus filhos no ambiente escolar e ensiná-los a se defenderem nas diversas situações, inclusive nas que forem agredidos ou provocados. No entanto, o modo como devem manifestar e reagir a essas situações é que é um dos mais importantes ensinamentos.
Incentive seu filho a, ao invés de “partir para a briga”, chamar o agressor ou o provocador para resolver as diferenças em uma partida de futebol, ou então em um campeonato de vídeo game, num jogo de basquete, uma corrida de bicicleta, enfim. Marque reuniões com coordenação e direção da Escola, individualmente e juntamente com os pais da criança ou adolescente agressor. Converse com seu filho ressaltando sua indignação e desaprovação em relação ao comportamento do outro, apontando atitudes que ele deve tomar e reforçando seu apoio para solucionar tais questões rapidamente.

Lembre-se de que, ao aceitar comportamentos agressivos, independente da razão, você estará ensinando a seu filho que isso é aceitável e justificável e, em outra ocasião, seu filho pode se tornar o agressor ou até mesmo se envolver em brigas físicas que lhe causem danos maiores. Assim, tomar atitudes igualmente agressivas para coibir a criança não funciona, mesmo que sua intenção seja “mostrar o quanto dói”, fazê-lo sentir o que possivelmente o outro sentiu, etc. O mais indicado é sempre evitar usar esse recurso na resolução dos conflitos.
E não vale querer ensinar seu filho a não bater no outro ou indignar-se por ele ter apanhado de um colega, se em casa você faz uso desse recurso para impor limites com tapinhas, puxões de orelha, etc!
Certamente não existem fórmulas mágicas para resolver essa problemática. No entanto, existem sim, muitos caminhos alternativos viáveis e apropriados para solucionar ou ao menos amenizá-la.
Por isso, ensine seu filho ou aluno a desenvolver maturidade e o senso de autoridade pessoal em situações de crise para que opte sempre pelo uso do bom senso, respeito, objetividade, diplomacia, firmeza e até compaixão no momento e evite prejuízos individuais e coletivos.
*Larissa Fonseca é Pedagoga graduada pela USP, pós graduada em Educação Infantil e Psicopedagogia, Psicomotricista em formação, com especialização no Universo do Brincar pelo centro de estudos filosóficos Palas Athena e em Psicanálise e Educação pelo Instituto de Psicologia da USP. Especialista em comportamento e desenvolvimento Infantil, trabalha há 14 anos com educação escolar. Atualmente atua como diretora pedagógica de uma instituição de ensino bilíngüe além de ministra cursos e palestras para pais e professores sobre diversos assuntos relacionados ao universo infantil. Participou como especialista convidada do Programa Papo de Mãe sobre "brigas na escola" exibido em 12.02.2012. Contatos: larissa@educacaoemacao.com.br, www.larissafonseca.com.br
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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

PENSE NISSO

Professor(a), sim, com muita honra

O presente de uma nação pode se medir pelo IDH ou PIB, mas o futuro se avalia pelo empenho das escolas e pela confiança dos professores

Luis Carlos de Menezes mailto:novaescola@atleitor.com.br
Luis Carlos de Menezes é físico e educador da Universidade de São Paulo (USP)
 
Ao fim de mais um ano, acompanho o balanço de realizações, dívidas e dúvidas nos conselhos de escola e de classe em que tenho o privilégio de ser recebido. Faço isso há anos e me chama a atenção, ultimamente, mais que novos resultados ou velhos problemas, um crescente sentido de responsabilidade coletiva. Preocupam-me as difíceis condições de trabalho, mas o sentimento que me domina é de orgulho, em ser parte de algo que é determinante para a construção de nosso país. Resolvi falar do que me anima, nesta edição, para fazer um lembrete: temos uma função social importante a desempenhar, tanto os experientes quanto os que estão começando na carreira - para esses, NOVA ESCOLA lançou o Guia do Professor Iniciante (nas bancas por 10,90 reais).

A despeito de tudo o que ainda falta alcançar, asseguro que estamos no rumo certo quando vejo estudantes tratados como gente, e não como números, e seus problemas de aprendizagem vistos como questões da escola, e não da sociedade ou da família. Posso testemunhar isso, por exemplo, em instituições com mais de mil alunos, em que a coordenadora pedagógica procura a razão de um rapaz antes assíduo e participativo passar a faltar ou para algumas garotas estarem tão mal em duas disciplinas se estão bem nas demais. E, quando observo um experiente professor de Matemática reservar parte das aulas para suprir defasagens de seus alunos ou uma jovem da área de humanas se dispor a um diálogo de aproximação com estudantes que parecem estar na escola a contragosto, percebo que são de fato educadores. Afinal, não repetem o julgamento de que "esses alunos não têm condição de estar aqui...".

Este foi um ano difícil, com boas escolas sendo palco de tragédias. Mas elas não estão em guerra civil. São espaços de resistência e construção social. Ocorre que para elas confluem todas as questões de seu entorno social e, quando forem notícia policial, recusemos "soluções" como detectores de metais e câmeras por toda parte. Também, quando se discutem salário e condições de trabalho, não aceitemos insinuações que não se pode esperar nada de professores que atuam sob risco e ganham pouco. Meias verdades, tão convincentes quanto maléficas, que nos desmerecem. Más condições devem ser apontadas para serem superadas, e não para desvalorizar a carreira.

Precisamos compreender a crise da Educação em função do seu crescimento, pois se, em poucas décadas trouxemos o povo brasileiro para dentro da escola, agora é preciso saber o que fazer com ele. É disso que resultam muitas questões por resolver. Por isso, novos recursos materiais serão insuficientes sem o envolvimento dos milhões de brasileiras e brasileiros que se dedicam ao Magistério. São eles que acolhem crianças e jovens de todo o país, em suas esperanças e em seus problemas, que, na realidade, são as esperanças e os problemas de toda a nação. Escola não é mera agência de promoção econômica, mas, quando se discute qualificação dos nossos trabalhadores para desenvolver a economia e superar o desemprego estrutural, é de Educação que se está falando. Da mesma forma, não é mera trincheira socioambiental. Quando se analisam questões dessa área, como a degradação urbana, também é de Educação que se está falando.

Por isso tudo, nós somos fundamentais para que o Brasil tenha um futuro que valha a pena. Recebemos em nossas aulas todas as potencialidades e limitações de nossa sociedade e, precisamos admitir, elas demandam nossa potencialidade e igualmente revelam nossas limitações. Devemos pedir apoio e exigir condições para cumprir o que de nós se espera, mas não nos desculpemos pelo que somos e, se questionados, podemos dizer: sou professor(a), sim, com muita honra!